Os seguintes capítulos descrevem as etapas do desenvolvimento do projeto:
Primeira Parte - Introdução
1. Introdução
Este capítulo contextualiza o problema da avaliação do desempenho em redes de infraestrutura, descrevendo os fatores motivadores para seu estudo, a definição dos objetivos desejados, e um sumário dos resultados obtidos.
2. Redes de Infraestrutura
Este capítulo apresenta definições e exemplos
de redes de infraestrutura, representativas de sistemas
sócio-técnicos e econômicos que atendem várias necessidades
modernas. O termo serviço será utilizado para designar genericamente
as necessidades sociais, econômicas, comerciais e industriais
atendidas por estas redes, independentes de sua tecnologia e do
produto transportado. Para validar os conceitos e métodos
utilizados, um modelo simplificado será utilizado, de forma
recorrente, nos capítulos restantes. Com as necessárias
interpretações, este modelo representará estruturalmente qualquer
rede de serviço, particular de um empreendimento ou parte de um
serviço público, e permitirá a exemplificação dos cálculos
necessários, utilizando a implementação computacional em MatLab® do
Apêndice A. Permitirá também a reprodução e confirmação dos cálculos
apresentados em todas as etapas da pesquisa, e a simulação de novos
casos. O Apêndice B detalha a codificação e o caso base de
carregamento e fluxo de serviço na rede que será utilizado nos
exemplos a seguir.
3. Revisão Histórica
Para contextualizar estes aspectos, o presente
capítulo realiza uma revisão histórica e bibliográfica das técnicas
e métricas utilizadas para avaliação de redes de infraestrutura, sob
quatro perspectivas:
-
Avaliação de Desempenho – formas alternativas como o desempenho destas redes tem sido avaliado, e as diferentes metodologias e modelos utilizados.
-
Avaliação de Riscos – definições e métodos usuais para conceituação e avaliação do impacto de eventos imprevistos sobre a rede e seus clientes e agentes.
-
Modelagem Estocástica – técnicas e métodos utilizados para modelar os eventos aleatórios, combinados ou não com eventos determinísticos, sobre o comportamento individual e coletivo de equipamentos utilizados nas redes de infraestrutura.
-
Modelagem Topológica – modelos estruturais e dinâmicos utilizados para representar o funcionamento dos equipamentos quando conectados em rede.
4. Metodologia
Após uma revisão dos interesses envolvidos e
conceitos necessários sobre o tema, este capítulo apresenta as
definições de aspectos de desempenho e risco que serão adotados no
restante do livro, bem como a metodologia que será seguida em sua
avaliação.
Segunda Parte - Modelagem de Componentes
5. Introdução à Modelagem de Componentes
Com base nos diversos modelos existentes, e nos
objetivos pretendidos, esta parte da pesquisa foi desenvolvida em
quatro etapas, assim denominadas:
-
Introdução à Modelagem de Componentes;
-
Modelos Estocásticos;
-
Modelos de Componentes;
-
Análise e Parametrização;
6. Modelos Estocásticos
Dentro dos objetivos desta pesquisa, este
capítulo fará um resumo da Teoria dos Grafos, Árvores de Falha,
Processos Markovianos, Redes de Petri e Bayesianas, limitando-se
àquelas com número finito ou enumerável de estados, com transições
discretas ou contínuas no tempo, transições com disparo estocástico
ou determinístico, e causalidades determinísticas ou
probabilísticas. No primeiro caso, costumam ser chamadas de Cadeias
de Markov. No segundo caso são denominadas de Redes de Petri
Estocásticas Generalizadas. No terceiro caso são conhecidas como
Redes Bayesianas. Nestes subconjuntos, a revisão se deterá apenas
nos conceitos e definições necessários aos objetivos da pesquisa.
7. Modelos de Componentes
Para pesquisar estes sistemas, este capítulo
utiliza modelos dos componentes de redes industriais e sistemas de
automação, desenvolvidos segundo a Teoria Markoviana e as Redes de
Petri Estocásticas descritas no capítulo anterior. Modelos genéricos
serão definidos para representar equipamentos primários e sistemas
de proteção para qualquer setor de infraestrutura. Estes modelos
serão utilizados no restante da pesquisa, para investigar o
comportamento conjunto interligado, sob a influência de fatores
internos e externos ao sistema pesquisado
8. Análise e Parametrização
Este capítulo identifica os dados operacionais
necessários para parametrizar os modelos de simulação de componentes
primários e secundários de redes de infraestrutura e processos
industriais. Serão identificadas as métricas típicas de cada
componente para inclusão em uma representação uniforme do
comportamento da rede. Os modelos serão mensurados pelas seguintes
estatísticas ou médias amostrais:
-
Frequência Própria de Saída Forçada;
-
Frequência Própria de Saída Programada;
-
Duração Própria de Saída Forçada;
-
Duração Própria de Saída Programada;
-
Duração Própria de Reconexão;
-
Carga e Geração Própria Conectada;
-
Confiabilidade Própria da Proteção; e
-
Vulnerabilidade Própria da Proteção.
Terceira Parte - Modelagem de Redes
9. Introdução à Modelagem de Redes
Esta parte da pesquisa tem como objetivo
desenvolver modelos estruturados de avaliação probabilística de
desempenho e risco de grandes acidentes em processos industriais. Os
modelos utilizados são orientados para a definição e estimação de
indicadores associados a estes aspectos em redes de infraestrutura
críticas.
10. Modelos de Riscos
Este capítulo desenvolve modelos de redes
industriais e sistemas de automação, utilizando árvores de falha e
grafos topológicos, adequados ao estudo do risco de grandes
acidentes em processos industriais. A complexidade destas árvores
desafia a capacidade dos métodos tradicionais de análise de risco,
pela dimensão e diversidade de relações entre os componentes.
11. Modelos Topológicos
Neste capítulo, as seguintes modelos serão
utilizados para representar as dependências funcionais da rede:
-
Modelos de Adjacência e Alcançabilidade Forçadas;
-
Modelos de Adjacência e Alcançabilidade Programadas;
-
Modelos de Adjacência e Vulnerabilidade Protetivas;
-
Modelos de Simultaneidade Forçada e Alcançabilidade Simultânea;
-
Modelos de Alcançabilidade Restrita e Probabilística; e
-
Modelos Equivalentes Topológicos.
Quarta Parte - Avaliação de Desempenho
12. Introdução à Avaliação de Desempenho
Este capítulo inicia a quarta e última etapa da
pesquisa com a definição e cálculo de indicadores de desempenho e
riscos de sistemas industriais básicos em geral, quando submetidos a
falhas em componentes ligados em rede. Além dos indicadores,
objetivos gerais desta etapa, serão avaliadas as fontes de
informação, metodologias e ferramentas disponíveis para análise de
desempenho e risco em sistemas de infraestruturas críticas.
14. Análise de Contingências
Este capítulo utiliza os modelos de simulação
de equipamentos e redes pesquisados nos capítulos anteriores, para
estimação de métricas de desempenho afetadas pela propagação de
falhas ou intervenções programadas, em qualquer ponto da rede, ou em
um subconjunto de elementos ou subrede. A título de exemplo os
cálculos são realizados com o programa computacional descrito no
Apêndice A, e os dados da rede de infraestrutura da Figura 3
constantes no Apêndice B, ambos codificados em MatLab®. As seguintes
métricas serão definidas e avaliadas:
-
Frequência e Duração de Interrupções;
-
Responsabilidades por Interrupções;
-
Continuidade em Pontos de Controle;
-
Lucros e Receitas Cessantes;
-
Serviços não Consumidos ou Fornecidos;
-
Probabilidade e Esperança de Interrupções de Consumo ou Fornecimento;
-
Responsabilidade por Serviços Interrompidos;
-
Frequência e Probabilidade do Risco;
-
Fatores de Risco Marginais;
-
Robustez e Severidade;
-
Resiliência e Inoperabilidade;
-
Eficiência dos Equipamentos e da Rede;
-
Disponibilidade e Qualidade dos Equipamentos; e
-
Eficiência Global dos Equipamentos.
15. Estudo de Caso
Este capítulo exemplifica a aplicação destes
modelos a uma instalação elétrica real, de extra-alta tensão. Serão
identificados os dados necessários para parametrizar os modelos, e
avaliadas as métricas de risco para cada componente, com informações
reais sobre sua operação. O modelo hierarquizará os pontos de risco
da instalação, identificando os componentes mais sujeitos a danos
permanentes, propondo uma prioridade para melhoria nos sistemas de
proteção e na rede de elementos primários.
16. Conclusões
Este capítulo final resume os principais
resultados alcançados, as aplicações demonstradas e possíveis, as
limitações e generalizações das técnicas estudadas, e sugestões de
pesquisas adicionais sobre os métodos propostos. Os apêndices
documentam o programa MatLab® desenvolvido, e a codificação do caso
utilizado como exemplo